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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

De braço ao peito...

Acordo às 13h, como tem sido nos últimos dias, e a vontade de fazer algo é muito escassa. Como todos os dias, lembro-me do mar. Do Mar e da Pesca.
Depois de umas horas passadas a navegar saio de casa com o braço ao peito. Tem sido desde sábado, uma mazela que me fez pensar e repensar a regras de segurança quando pescamos em pesqueiros de pedra.
Chegado frente ao mar o meu braço começa a estremecer. A ansiedade era óbvia ao ver tamanho espectáculo. Eram barrias de peixe que se afligiam assim que o mar levantava. Algumas, pouca gaivotas que se precipitavam aqui e ali. Ao longe dois barcos de fibra a cavalgar as ondas em procura da prata do Mar.
Lindo! Pensava eu preso a uma fita de neoprene que me coloca o braço em repouso.
Lindo! Se não sou quem sou e se não tivesse aprendido a contemplar estava tramado.
Vi as embarcações a tirar alguns bons exemplares, mas o que mais me agradou foi ver as embarcações a ferrar peixe como ninguém nos pontos que minutos antes eu tinha declarado como quentes, aos antigos da minha terra.
Foi um sensação sem igual. Não por vaidade, mas por ver que aprendi com os antigos. E aprendi uma coisa que não se ensina, sente-se.
Se me pedirem para ensinar alguém a única coisa que sei dizer é que olhem para o Mar, olhem muito e ouçam os antigos. Um dia vão começar a sentir.
Tenho 33 anos e alguns de pesca desportiva, mas só hoje me apercebi que o comecei a sentir. Estou feliz porque sinceramente acho que comecei a sentir o mar cedo.



O Respeito é também sentido pelo Mar.
Respeitem-no. Por Favor...